Entre as raízes de antigas oliveiras, arqueólogos encontraram pedaços de grandes jarras de pedra do tipo que o Evangelho diz que Jesus usou quando transformou água em vinho em um casamento judaico no vilarejo de Caná, na Galiléia.
Eles acreditam que estes podem ter sido os mesmos tipos de recipientes que a Bíblia diz que Jesus usou em seu primeiro milagre, e que o local onde foram encontradas poderia ser onde ficava a bíblica Caná, entre Nazaré e Capernaum. Mas estudiosos da Bíblia alertam que será difícil conseguir provas conclusivas, especialmente considerando que os especialistas discordam sobre onde, exatamente, ficava Caná.
O jarro data do período romano, quando Jesus foi para a Galiléia. "Todas as indicações das escavações arqueológicas sugerem que o sítio do casamento era em Caná, o local que nós estamos investigando", disse a arqueóloga Yardena Alexander. Entretanto, estudiosos norte-americanos em uma área ao norte também acharam peças de jarros de pedra do tempo de Jesus.
Um outro perito, o arqueólogo Shimon Gibson, disse ter dúvida com relação ao material localizado em Caná, uma vez que descobertas de peças antigas não são raras e seria impossível estabelecer uma relação com os do milagre. "Apenas a existência de pedaços de jarros e pedra não é suficiente para provar que este é um sítio bíblico" e outras escavações serão necessárias, disse.
Teólogos cristãos dão grande significado ao milagre da transformação da água em vinho em Caná. O ato não foi apenas o primeiro milagre de Jesus, mas também aconteceu em um momento crucial nos primeiros dias de sua atuação no clero, quando sua reputação estava crescendo, ele recém havia escolhido seus discípulos e estava sob grande pressão para demonstrar sua divindade.