O povo Xipaya está entusiasmado em poder resgatar pelo menos parcialmente o idioma que foi perdido.
Atualmente moramos na aldeia Tucamã no rio Iriri, afluente do Xingu, PA.
O povo Xipaya está entusiasmado em poder resgatar pelo menos parcialmente o idioma que foi perdido com o longo contato com os não-índios.
Há um material pedagógico para o ensino, preparado pelo missionário Onésimo de Castro, como resultado de sua pesquisa de campo nos anos de 2001-2003, junto aos últimos falantes nativos dessa língua.
Luiz Sérgio se dedica ao ensino, de frases pequenas que fazem parte do linguajar diário na língua materna. Só existem dois falantes desta língua e infelizmente são pessoas já idosas, por isso a comunidade fica esperançosa quando percebe que já estão conseguindo progredir um pouco.
Atuo na educação numa classe multi-seriada de primeira à quarta série, composta de 24 alunos, em dois períodos.
A perspectiva do trabalho é de médio prazo, porque o povo entende bem o português.
Enquanto nós estávamos construindo a nossa casa, a Sra. Lúcia reclamou: “Vocês estão demorando muito para falar da Palavra de Deus.”
Depois de um tempo de atividades na aldeia Xipaya, Luiz Sérgio e eu viajamos para Altamira a fim de participarmos das eleições, e ao retornarmos, o jovem Josinei nos surpreendeu: “Luiz, tenho uma novidade para lhe contar. Quero aceitar o Senhor Jesus como meu Salvador.” Pego de surpresa Luiz perguntou: “Você está com medo de ir para o inferno?” “Não, eu entendi que Jesus morreu por mim e quero servi-Lo como vocês,” respondeu ele.
“Os Kuruaya e os Xipaya, embora estando há cerca de um século em contato com a sociedade nacional, ainda não foram alcançados com o genuíno Evangelho de Jesus Cristo. Há vários anos atrás, esses povos solicitaram à Missão ALEM que enviassem missionários para atuarem em suas aldeias. Somente no ano de 2000 é que este desejo foi atendido. Em junho de 2000 alguns membros da MNTB visitaram o povo Xipaya e nessa ocasião foi formalizado o convite para a entrada de missionários em sua aldeia, para os ajudarem na assistência social e espiritual.”